A Cidade Delas - Coletivo das Mina e as marcas narrativas de uma territorialidade das mulheres na cidade de Vitória

Nome: MARIANA BATISTA DE JESUS
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 19/09/2019
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
APARECIDO JOSE CIRILO Orientador
GABRIELA SANTOS ALVES Co-orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
APARECIDO JOSE CIRILO Orientador
FLAVIA MAYER DOS SANTOS SOUZA Examinador Interno
GABRIELA SANTOS ALVES Coorientador
LÍVIA DE AZEVEDO SILVEIRA RANGEL Examinador Externo
MARIA NAZARETH BIS PIROLA Suplente Interno

Resumo: Esta pesquisa visa analisar as formas de ação e resistência e as marcas narrativas produzidas a partir destas ações empreendidas por mulheres como meio de romper com os regimes de invisibilidade a que estão submetidas no território da cidade. Compreendendo os processos culturais como espaço de lutas, nos debruçamos sobre a ação do Coletivo das Mina (CdM), coletivo de arte urbana composto por mulheres e atuante na região da Grande Vitória, especificamente, sobre a realização do Festival de Mulheres no Grafitti (FEME/ES), ocorrido em março de 2016 na região da Poligonal |, conhecida como Território do Bem, a partir da perspectiva do entrecruzamento entre práticas artísticas e de ativismo político, sintetizadas no conceito de artivismo, que produzem novas territorializações da cidade. Desta forma nos propomos investigar duas questões centrais: como a arte urbana, em especial o grafite, é instrumentalizado pelas grafiteiras do CdM como prática artivista de visibilização das mulheres e quais sentidos as marcas narrativas das imagens do grafite realizados durante o FEME/ES revelam. Partindo de uma premissa transdisciplinar, o referencial teórico-metodológico se alinha com os estudos da territorialidade, feminismos, artivismo, análise do discurso e dialogismo para compreender a constituição do território físico e simbólico da cidade contemporânea, a relação das mulheres com este território em relação aos regimes de invisibilidade e silenciamento produzidos, a prática artística como forma de resistência e os sentidos que evocam as marcas narrativas produzidas durante o festival, que provocam fissuras na dinâmica da comunicação urbana. A partir desta perspectiva, identificamos que estas grafiteiras realizam um artivismo como principal método para romper com a invisibilidade e o silenciamento, que, embebido em uma estética feminista, reformulam a experiência política das mulheres com a cidade no sentido de uma desterritorialzação das dinâmicas sociais que produz uma reterritorialização do espaço urbano, sintetizada por uma feminilização da arquitetura da urbe a partir da criação de marcas narrativas que situam as mulheres no centro do espaço urbano a partir de suas demandas, experiências e subjetividades, materializada, ainda que de forma efêmera, pelos enunciados do grafite, que viabilizam outras relações possíveis com a cidade.
PALAVRAS-CHAVE: mulheres, cidade, artivismo, grafite, feminismos.

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