ANÁLISE DA COBERTURA DA IMPRENSA CAPIXABA DURANTE A EPIDEMIA DE FEBRE AMARELA NO ESPÍRITO SANTO EM 2017

Nome: MARCIO MARTINS CALIL
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 19/02/2020
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
VICTOR ISRAEL GENTILLI Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
JANINE MIRANDA CARDOSO Examinador Externo
JOSÉ EDGARD REBOUÇAS Examinador Interno
VICTOR ISRAEL GENTILLI Orientador

Resumo: Sob a perspectiva do campo da Comunicação e Saúde, este trabalho analisou o conteúdo da cobertura jornalística de dois jornais impressos diários capixabas – A Gazeta e A Tribuna - durante a epidemia de febre amarela no Espírito Santo, entre os meses de janeiro e março de 2017. Após pesquisa de abordagem quantitativa e qualitativa, utilizando a metodologia da Análise de Conteúdo (AC), o estudo concluiu que a cobertura jornalística teve viés alarmista, sem a devida distinção entre febre amarela silvestre e urbana, provocando incertezas nos moradores das áreas urbanas, principalmente da região metropolitana da Grande Vitória, contribuindo para a procura desordenada aos postos de vacinação, que registraram filas e tumultos para a vacina contra a febre amarela. E que houve conflito discursivo entre os campos jornalístico e da saúde, e entre agentes do próprio campo da saúde, pois a construção da narrativa jornalística de A Gazeta e A Tribuna, além do viés alarmista, se mostrou em prol da vacinação em massa para toda a população do Espírito Santo, a despeito do posicionamento da maior parte dos interlocutores da saúde, que reconheciam os cuidados preventivos de vacinação a serem tomados, mas reiteravam a não necessidade de pânico e alarmismo para procurar os postos de vacinação, especialmente para a população da Grande Vitória, já que, de acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil permanece sem registro de febre amarela urbana desde 1942 e todos os casos confirmados desde então se referem ao ciclo silvestre de transmissão. Por fim, o papel social dos dois jornais impressos capixabas nesta cobertura limitou-se ao clássico mediador da informação, de mero prestador de serviço público, não se constatando, sob a perspectiva conceitual teórica proposta para esta pesquisa, o papel social do jornalismo de divulgador científico, de fomentador de debates acerca de políticas públicas de saúde efetivamente preventivas contra futuras manifestações epidêmicas, restringindo os espaços de fala da sociedade a relatos e fotografias sensacionalistas de dor e tragédias diante das morbidades e mortalidades dos casos de febre amarela, e, sob o viés educador/preventivo, limitando-se a reproduzir infográficos de portais de órgãos públicos da saúde e entrevistas com interlocutores da saúde.

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